sexta-feira, 12 de agosto de 2011

OÇI-NARG

Luís Graniço
Nunca o fiz, nem o vou fazer para me redimir. Mas precisava de dar um desabafo. Podia-te dizer em segredo, podia até guardar só para mim, podia até escrever nas paredes das ruas. Mas não. Teria que ter a ver com a tua personalidade, com a tua maneira de ser, de viver, de estar na vida. Para isso o único sitio que seria indicado era aqui, no meu espaço. Onde ninguém julgará, onde ninguém criticará, porque as minhas frases são livres e além disso, digo-o com toda a verdade, é aqui que escrevo as palavras mais sinceras que já disse em toda a minha vida. Não quero escrever algo que fique bem, para parecer bem, para parecer bonito e muito querido de se ler. NÃO. Vou apenas relatar o que sinto.
E não é fácil de fazer, tem que ser com dignidade, medir as palavras, saber julga-las, saber o que diz cá dentro. Tenho orgulho de poder chamar-te amigo. Amigo com todas as letras. Estás lá para os bons e maus momentos, para me abrires os olhos, para me chamares à razão, para me dizeres se estou certa ou errada, para não me deixares ir abaixo. Sempre pude contar contigo, nunca me viraste as costas, estiveste sempre lá. Sei que já errei, sei que toda a gente erra. Mas cada dia ensinas-me a ver as coisas como elas são, a estar atenta, a saber ouvir, a saber perdoar, a lutar pelo perdão. Há poucos como tu, há poucos que tenho o prazer de chamar amigo, um verdadeiro amigo, um amigo sincero, directo, extraordinário !
Devo-te um Obrigada do fundo do coração, por seres quem és, por nunca deixares de o ser, por nunca desistires daquilo que acreditas e por partilhares comigo, quem és.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Incógnitas

Não sei que dizer, mas sei o que sinto. Não me sinto viva, só estou confusa. Perdida. Não sei onde se cruzaram os meus caminhos, não sei para onde foram os remos com que remei até agora. Não sei da minha direcção. Não sei se o Passado e o Presente fazem sentido, se houve, sentido. Não sei do AMOR que tinha, por ti, por mim, pelo mundo. E afinal, o que me fazia correr, o que me fazia lutar, vaguear pelas ruas, pelos campos, rindo de corpo e alma? Onde está? E os cálculos do meu futuro? Fugiram com as resoluções dos sonhos? O que vale a pena? Amar? Rir? Lutar? até quando? Pois, até quando conseguirei viver com esta "filosofia"? E o AMOR que tinha, tinhas, tínhamos? Também se desfez em pedaços? Também se foi junto com a corrente que nos mantinha unidos? E a dor? Não era mais fácil que, também, se tivesse ido? Para bem longe. Não nos vale esquecer, porque não há solução para esquecer a gigantesca força do nosso sentimento. Nós sentíamos, certo?